Descriçao do Blog: Bem vindo ao Mandacaru Florido - A Literatura em Sergipe!

Este espaço pretende divulgar e dialogar com os interessados na Literatua Sergipana, uma produção artística carente de um acervo bibliográfico atualizado, que aproxime o público dos artistas renomados que produziram/produzem em Sergipe. Assim, toda contribuição através de artigos de escritores sergipanos será bem vinda. Alerto que os artigos aqui apresentados são de mestres e doutores, e quase que exclusivamente, são referências de textos publicados nos periódicos e anais de eventos promovidos pela UFS. Este é so o passo inicial.

15 de agosto de 2011

Homenagem

A poetisa, pesquisadora do cnpq e professora Maria Lúcia Dal Farra é a homenageada deste mês. A inusitada mistura em sua ascendência de italianos com índios gerou uma mulher regida pela força e sensibilidade. Características que permeiam a sua produção artística seja nos estudos que orienta seja em seus contos e ou poesias. O dualismo real versus misticismo é latente em sua peculiar dicção de mulher brasileira, mulher que vive o deslumbre da natureza deste país tropical, todavia não esquece o que é próprio da beleza do cotidiano mesmo com tantos problemas. Assim, Dal Farra joga com todas as possibilidades de expressão da palavra e, com maestria fala da mulher, fala do viver. Seus versos ratificam tal postura:

E levemos o canto: falemos da grande ordem, da totalidade das coisas, dos anéis de Saturno, do menino que há pouco nasceu. (Vergiliana, 2002, pp.49-50)

Como pesquisadora, a ilustre moradora de Sergipe, faz um trabalho singular sobre a poetisa portuguesa, Florbela Espanca, atividade que a leva pelo mundo a fora para propagar não só sua pesquisa como o encantamento que subjaz da arte poética. E como se não bastassem tais valorosas características, ela ainda enleva emoções como musicista. Ou seja, a sua criação em meio a um ambiente envolto pela arte – literatura, música - a fez uma artista completa, alguém que sabe sobre e de onde fala. Contudo, é a sua extrema generosidade que a torna tão exuberante, uma mulher que emite os raios lilases da simpatia e da intelectualidade aonde chega.

  Minha eterna gratidão por tudo, Dal Farra!
  Muita saúde, saúde, saúde, saúde para você!


10 de julho de 2011

Confira a homenagem!

      A homenagem deste mês é para o gentílissimo intelectual e presidente da Academia Sergipana de Letras, Dr. José Anderson Nascimento. O ilustre acadêmico concedeu-me em 27 de junho uma entrevista na sede da ASL localizada à Rua Pacatuba, 288, no centro da capital Aracaju. O propósito da conversa era saber qual o papel da ASL na divulgação das Letras no estado. E o professor Anderson Nascimento relatou que "desde 1º de junho de 1929 esta instituição zela pelo desenvolvimento da língua portuguesa e. de modo especial, pelo desenvolvimento cultural de Sergipe".
      Segundo o acadêmico, que está em seu sexto mandato, a "ASL é o espaço da intelectualidade sergipana". E apesar da tradição que emana através da estrutura física bem como humana da ASL, pode-se constatar a cordialidade de seu maior representante para com os interessados pela Literatura Sergipana. Uma área que como sabido é carente de divulgação. O presidente confirmou tal premissa e afirmou que "o que falta em Sergipe e, de modo geral no Brasil, é o cumprimento das leis. Há a necessidade da regulamentação e execução das leis de incentivo à cultura". Segundo o acadêmico "há uma carência histórica de incentivo oficial à cultura no país". Contudo, esses obstáculos não impedem que pessoas obstinados pela cultura beletrista produzam e contribuam para a sobrevivência das Letras no estado. A citar Maria Lígia Pina, Luiz Antônio Barreto, Dom Luciano José Cabral Duarte, Gizelda Santana de Moraes dentre outros .
      A ASL no momento passa por um processo de atualização/organização do acervo bibliográfico bem como do site e do boletim eletrônico que informam sobre os eventos organizados e realizados pela Academia Sergipana de Letras. Parte do acervo encontra-se disponível na biblioteca central da Universidade Tiradentes.
      Sobre a parceria com instituições educacionais, o Dr. Anderson Nascimento revelou que "a UFS tem um programa permanente de publicação e incentivo à cultura, a UNIT faz atualmente uma parceria de registro da produção e a Pio Décimo abriu um curso de especialização em cultura Sergipana". Essas parcerias apesar de ainda pequenas são essenciais para a produção e divulgaçaõ dos artistas sergipanos que muitas vezes só conseguem uma publicação mediante recursos próprios.
      Ao perguntar sobre os nomes de destaque da Literatura atual, dentre outros, o intelectual sem querer esquecer nenhum nome citou o trabalho de Gizelda Moraes e Vladimir Souza Carvalho.
      Ao término do agradável bate-papo senti falta de outros nomes de destaque no cenário literário mas o tempo se encarregará de inserí-los no rol dos imortais.
       Esta experiência valiosa me faz prosseguir com este trabalho de pesquisa, visto que, é com o trabalho de formiguinha que os resultados aparecem. Deixo aqui a minha gratidão ao Dr. José Anderson Nascimento pela gentileza de me receber e ter sido tão receptivo com uma pesquisadora iniciante.


Joseana Souza Fonsêca

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11 de junho de 2011

Confira a Homenagem!

Sendo este um espaço para divulgar a Literatura produzida por escritores sergipanos, se faz justo a referência ao prof. Dr. Carlos Magno Gomes e prof. Drª. Ana Leal Cardoso. Ambos não são sergipanos, entretanto abraçaram a causa da divulgação e estudo da literatura local. Através da orientação de graduandos e mestrandos nos campi de Itabaiana e São Cristóvão da UFS, os dois professores com muita competência promovem eventos para discutir sobre a cultura sergipana. 

10 de junho de 2011

O Gênio da Humanidade

Sou eu quem assiste às lutas,
Que dentro d'alma se dão,
Quem sonda todas as grutas
Profundas do coração:
Quis ver dos céus o segredo;
Rebelde, sobre um rochedo
Cravado, fui Prometeu;
Tive sede do infinito,
Gênio, feliz ou maldito,
A Humanidade sou eu.
                                         (Tobias Barreto, 2004, p. 98.)
                           Texto retirado do livro "Dias e Noites" Coleção Nordestina, que reúne toda a poesia do poeta.